#Texto 3— Objeto de analise da semana: Interlíngua.

Gabrielli dos Santos Pereira
2 min readDec 9, 2020

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A interlíngua ou língua artificial, foi criada para ajudar na comunicação internacional, tendo aquisição como uma segunda língua, o sistema linguístico que caracteriza a produção do falante não nativo em qualquer estágio anterior à completa aquisição dessa língua-alvo. Nenhum país usa essa língua como oficial, mas é usado como língua oficial por algumas organizações mundiais.

Em linguística e, mais especificamente no estudo do aprendizado de línguas, o conceito de interlíngua é sempre estudado em paralelo aos conceitos de interferência e fossilização.

Transferência é o aproveitamento de habilidades linguísticas prévias no processo de assimilação de uma língua estrangeira. Ocorre predominantemente entre línguas com alto grau de semelhança. Interferência é a ocorrência de formas de uma língua na outra, causando desvios perceptíveis principalmente no âmbito da pronúncia, mas também do vocabulário, da estruturação de frases, bem como nos planos idiomático e cultural. A interferência é a principal causa da interlíngua e da fossilização.

Interlíngua é o sistema de transição criado pelo aprendiz, ao longo de seu processo de assimilação de uma língua estrangeira. É a linguagem produzida a partir do início do aprendizado, caracterizada pela interferência da língua materna, até o aprendiz ter alcançado seu teto na língua estrangeira, ou seja, seu potencial máximo de aprendizado.

Fossilização ou cristalização, refere-se aos erros e desvios no uso da língua estrangeira, internalizados e difíceis de serem eliminados. Ocorre quando o aprendizado se dá longe de ambientes autênticos da língua e da cultura estrangeira, sem contato com falantes nativos. Ocorre também quando o aprendizado se inicia tardiamente, já na idade adulta.

A interlíngua se caracteriza pela interferência da língua materna. Formas da língua materna inevitavelmente aparecem no linguajar usado pelo aprendiz. A ocorrência e a persistência de interlíngua é significativamente maior em adultos do que em crianças. De acordo com Harpas, aquele que aprende uma segunda língua, além de ter que executar sequências de operações mentais (estruturar a ideia) e motoras (articular sons) novas, precisa também evitar os velhos hábitos da língua materna. As operações relativas à língua mãe estão profundamente enraizadas pela prática constante, sendo por isso muito difíceis de serem evitadas. Por esta razão, adultos aprendizes de línguas estrangeiras acham muito difícil não cair nas formas da língua materna, tanto nas operações motoras de pronúncia quanto nas operações mentais de estruturação das idéias em frases. Para uma criança, este problema é muito menor porque seus hábitos linguísticos não se encontram tão desenvolvidos e enraizados.

Abaixo uma imagem dos 7 mitos sobre aprender uma segunda língua.

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Gabrielli dos Santos Pereira

Registros, desabafos e opiniões de uma graduanda em Linguística